Com certeza você já ouviu falar sobre um dia especialmente dedicado ao amor. Aqui no Brasil, o protocolo do Dia dos Namorados exige a troca de presentes; nos Estados Unidos, o famigerado Valentine’s Day é celebrado pelos casais apaixonados com o envio de flores e assim por diante. O que poucos sabem é que nós judeus também temos uma data no calendário voltada a esta expressão máxima do sentimento humano. E mais: ocorre nesta semana!
Diz a Mishná (Taanit 4:8): “não houve maiores dias festivos para Israel que Tu Beav e Yom Kipur.” Tu Beav é o 15º dia do mês de Av, nesta próxima quarta-feira. Entretanto, paira uma dúvida: como é possível que uma Festa tão desconhecida por todos seja mencionada pela Mishná como um dos dois maiores Yamim Tovim, ao lado do tão sagrado Yom Kipur? Acaso 15 de Av tem o glamour do Seder de Pesach? Ou o brilho das chamas de Chanucá? Quem sabe as delícias do banquete de Purim?
Tu Beav não tem nada disso, mas nossa curiosidade fica ainda mais atiçada ao analisarmos a sequência da Mishná: “pois nestes dias as moças solteiras de Jerusalém costumavam sair com vestidos brancos e dançar nos vinhedos. O que diziam? Jovens rapazes, abram seus olhos e vejam o que escolhem para si.”
Tanto Yom Kipur como Tu Beav, na Antigüidade, eram Festas comemoradas com dança e júbilo. Esta última, porém, foi dedicada aos jovens judeus e judias em busca de seus pares. Até hoje, cartazes em Jerusalém anunciam preces especiais com esta finalidade, nesta data.
Qual é o motivo de tanta comemoração? Dentre vários episódios históricos, Tu Beav marcava o dia em que casamentos entre as diferentes tribos de nosso povo eram aceitos. Vale lembrar que, no deserto, tais relacionamentos eram proibidos visando a conservação das terras pelas tribos originais. Saindo da trágica lembrança da destruição dos Templos e outros tristes eventos em Tishá Beav, esta Festa expressa um tema fundamental: a união. Não fosse tal permissão para tais matrimônios, Israel ter-se-ia perdido como uma mera confederação de estados, porém nunca como uma nação.
Apesar disso, o amor, no judaísmo, cumpre um papel ainda mais importante. O grande cabalista Rabi Chaim Vital define o amor da seguinte forma: a palavra hebraica AHAVA (amor) tem o valor numérico 13 (todas as letras do alfabeto tem um valor e a Cabalá utiliza-se deste método, chamado guemátria – soma das letras – para explicar o universo, da seguinte forma: 1+5+2+5=13). O valor numérico do Nome de D’us é 26 (10+5+6+5). Assim, quando duas pessoas amam-se mutuamente, a combinação de seu amor (13+13), faz com que o Todo-Poderoso (26) esteja cada vez mais presente entre eles.
Diz a Mishná (Taanit 4:8): “não houve maiores dias festivos para Israel que Tu Beav e Yom Kipur.” Tu Beav é o 15º dia do mês de Av, nesta próxima quarta-feira. Entretanto, paira uma dúvida: como é possível que uma Festa tão desconhecida por todos seja mencionada pela Mishná como um dos dois maiores Yamim Tovim, ao lado do tão sagrado Yom Kipur? Acaso 15 de Av tem o glamour do Seder de Pesach? Ou o brilho das chamas de Chanucá? Quem sabe as delícias do banquete de Purim?
Tu Beav não tem nada disso, mas nossa curiosidade fica ainda mais atiçada ao analisarmos a sequência da Mishná: “pois nestes dias as moças solteiras de Jerusalém costumavam sair com vestidos brancos e dançar nos vinhedos. O que diziam? Jovens rapazes, abram seus olhos e vejam o que escolhem para si.”
Tanto Yom Kipur como Tu Beav, na Antigüidade, eram Festas comemoradas com dança e júbilo. Esta última, porém, foi dedicada aos jovens judeus e judias em busca de seus pares. Até hoje, cartazes em Jerusalém anunciam preces especiais com esta finalidade, nesta data.
Qual é o motivo de tanta comemoração? Dentre vários episódios históricos, Tu Beav marcava o dia em que casamentos entre as diferentes tribos de nosso povo eram aceitos. Vale lembrar que, no deserto, tais relacionamentos eram proibidos visando a conservação das terras pelas tribos originais. Saindo da trágica lembrança da destruição dos Templos e outros tristes eventos em Tishá Beav, esta Festa expressa um tema fundamental: a união. Não fosse tal permissão para tais matrimônios, Israel ter-se-ia perdido como uma mera confederação de estados, porém nunca como uma nação.
Apesar disso, o amor, no judaísmo, cumpre um papel ainda mais importante. O grande cabalista Rabi Chaim Vital define o amor da seguinte forma: a palavra hebraica AHAVA (amor) tem o valor numérico 13 (todas as letras do alfabeto tem um valor e a Cabalá utiliza-se deste método, chamado guemátria – soma das letras – para explicar o universo, da seguinte forma: 1+5+2+5=13). O valor numérico do Nome de D’us é 26 (10+5+6+5). Assim, quando duas pessoas amam-se mutuamente, a combinação de seu amor (13+13), faz com que o Todo-Poderoso (26) esteja cada vez mais presente entre eles.
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná