Misheberach Lechaialei Tzahal
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
A regulamentação da eutanásia
O paciente precisa pedi-la a seu médico, voluntariamente, repetidas vezes;
Deve haver uma relação de grande proximidade entre os dois a fim de se impedir o "turismo da morte";
O médico deve considerar insuportável e irremediável o sofrimento enfrentado pelo doente;
Uma segunda opinião médica é necessária;
Após a prática segundo "um procedimento médico apropriado", conforme preconizado pelo Ministério da Justiça, deve-se informar a autoridade médico-legista municipal.
Todos sabemos as causas que levam à eutanásia: intensa agonia e total perda de esperança na cura. A provação é intensa e, às vezes, preferimos deixar de viver a passar por ela. A dor permeia os poros daqueles que sofrem fisicamente e daqueles que, impossibilitados de qualquer ação, assistem ao horrendo espetáculo de aflição. Uma lei como esta tenciona, sem dúvida, garantir a dignidade do paciente. Entretanto, estariam estas regras em conformidade com a Lei Judaica?
A vida humana é preciosa e sua preservação tem precedência sobre qualquer outra consideração. Isso inclui a obrigação de visitar o enfermo e a permissão de violar o Shabat para ajudar uma pessoa em risco de vida (Código de Leis, Shulchan Aruch, O.H. 328:2). A importância da vida é ressaltada na Torá: "e escolherás a vida!" (Deuteronômio 30:19) e enfatizada no Talmud: "aquele que salva uma vida é considerado como se salvasse todo o universo" (Sanhedrin 37a). Ao mesmo tempo, todo e qualquer ato contra a vida humana é visto como uma séria violação à santidade de D'us, de tal modo que qualquer incisão feita num moribundo (gosses) e que possa acarretar em sua morte, é considerada pela Lei como homicídio (Maimônides, Leis de Luto 4:5). Partindo-se da premissa judaica de que "D'us deu, D'us tirou", como mencionado no Livro de Jó, somente a Ele cabe estipular o fim de nossa existência terrena. Neste aspecto incluem-se o suicídio, certos tipos de aborto e a eutanásia, ato veementemente condenados. O Comitê para a Lei Judaica da Rabbinical Assembly, entidade que reúne as maiores autoridades rabínicas conservadoras, em concordância com a opinião ortodoxa, declarou, em 1994, que "a eutanásia é incompatível com a Lei Judaica e proibida".
Entretanto, em casos extremos, pode-se recorrer à eutanásia "passiva". Por exemplo: um doente ligado à aparelhos. Estes, às vezes, podem ser desligados para que o enfermo venha a falecer de causas naturais, o que não seria considerado assassinato.
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná
O segredo da sobrevivência judaica
Dentre as várias respostas que podemos dar a esta pergunta, uma se encontra na Parashá desta semana, Shoftim (juízes): “quando te aproximares de uma cidade para guerrear contra ela, oferecer-lhe-ás a paz” (Deuteronômio 20:10). Em outras palavras, o povo foi ordenado a lutar, mas somente após todas as tentativas de paz terem-se findado.
A História Judaica não é marcada por grandes conquistas territoriais. E talvez aí resida um dos ingredientes fundamentais de nossa existência: o povo judeu é, por natureza, pacifista. Temos como bandeira principal a palavra Shalom, paz. Cantamos, rezamos e nos cumprimentamos com este singular verbete. O que poucos sabem é que Shalom também é, de acordo com a tradição, um dos nomes de D-us. Grandes impérios se levantaram, demonstrando força e poder, impondo suas culturas às nações subjugadas e estendendo territórios além de suas fronteiras. A guerra era o sinônimo de virtude. Entretanto, essas potências desapareceram, passando a existir apenas como mais uma matéria escolar.Para o judeu, a coragem e a bravura são demonstradas pela sua capacidade de promover e incentivar a paz. Como disse o profeta: “não pela força nem pelo poder, mas pelo espírito” (Zacarias 4:6). Nossa maior arma é a convicção no valor do judaísmo.
domingo, 29 de julho de 2007
Tu Beav - o Dia do Amor
Diz a Mishná (Taanit 4:8): “não houve maiores dias festivos para Israel que Tu Beav e Yom Kipur.” Tu Beav é o 15º dia do mês de Av, nesta próxima quarta-feira. Entretanto, paira uma dúvida: como é possível que uma Festa tão desconhecida por todos seja mencionada pela Mishná como um dos dois maiores Yamim Tovim, ao lado do tão sagrado Yom Kipur? Acaso 15 de Av tem o glamour do Seder de Pesach? Ou o brilho das chamas de Chanucá? Quem sabe as delícias do banquete de Purim?
Tu Beav não tem nada disso, mas nossa curiosidade fica ainda mais atiçada ao analisarmos a sequência da Mishná: “pois nestes dias as moças solteiras de Jerusalém costumavam sair com vestidos brancos e dançar nos vinhedos. O que diziam? Jovens rapazes, abram seus olhos e vejam o que escolhem para si.”
Tanto Yom Kipur como Tu Beav, na Antigüidade, eram Festas comemoradas com dança e júbilo. Esta última, porém, foi dedicada aos jovens judeus e judias em busca de seus pares. Até hoje, cartazes em Jerusalém anunciam preces especiais com esta finalidade, nesta data.
Qual é o motivo de tanta comemoração? Dentre vários episódios históricos, Tu Beav marcava o dia em que casamentos entre as diferentes tribos de nosso povo eram aceitos. Vale lembrar que, no deserto, tais relacionamentos eram proibidos visando a conservação das terras pelas tribos originais. Saindo da trágica lembrança da destruição dos Templos e outros tristes eventos em Tishá Beav, esta Festa expressa um tema fundamental: a união. Não fosse tal permissão para tais matrimônios, Israel ter-se-ia perdido como uma mera confederação de estados, porém nunca como uma nação.
Apesar disso, o amor, no judaísmo, cumpre um papel ainda mais importante. O grande cabalista Rabi Chaim Vital define o amor da seguinte forma: a palavra hebraica AHAVA (amor) tem o valor numérico 13 (todas as letras do alfabeto tem um valor e a Cabalá utiliza-se deste método, chamado guemátria – soma das letras – para explicar o universo, da seguinte forma: 1+5+2+5=13). O valor numérico do Nome de D’us é 26 (10+5+6+5). Assim, quando duas pessoas amam-se mutuamente, a combinação de seu amor (13+13), faz com que o Todo-Poderoso (26) esteja cada vez mais presente entre eles.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Saindo do cerco parte 2
Em nossas vidas também procuramos centralizar nossos “focos”. Voltamos nossas faces às coisas as quais damos valor; valor que, nem sempre, é merecido. Cultuamos estes valores como um templo. E, quando nosso “centro” é destruído, nossa estrutura fica completamente abalada, fazendo-nos cair por terra. Imaginamos que nada mais tem sentido, e que nossa vida perdeu totalmente o seu rumo.
Hoje vamos falar sobre o outro lado. O que ganhamos com a destruição?
A mística judaica ensina um conceito muito interessante: ieridá tsorech alyiá - queda em função de uma ascensão. Para entendermos melhor, nossos sábios contam a seguinte história:
“As pessoas repararam que o rabino Shelomo vivia passeando por lugares de péssima fama. Os fiéis começaram a pensar que havia abandonado a busca espiritual e agora só desejava divertimento.
As conversas circularam, e ninguém ia mais à sinagoga. Um rapaz resolveu advertir o rabino: - “O senhor freqüenta lugares suspeitos. As pessoas andam comentando e não gostam disso.
O rabino respondeu: - “Se você quer tirar um homem da lama, não basta estender a mão de longe, porque os braços são curtos demais. A única solução é também entrar na lama, segurá-lo firme e puxá-lo para fora. É exatamente isto que estou fazendo. E minha tarefa é mais importante que a hipocrisia dos falsos devotos.”
A queda nem sempre implica em rebaixar-se. Às vezes torna-se necessária uma destruição de nossos valores (aqueles que elegemos como tais), para mostrar-nos o quão valiosos realmente são. A destruição dos Templos de Jerusalém ensina que a santidade deve transcender as limitações do ouro, prata e pedra. Somente com a descida - a procura pela humildade - é que podemos reparar os pilares que sustentam a nossa existência. De baixo é que começamos a escalada rumo ao topo, passo a passo, degrau por degrau.
Eis os eventos que aconteceram no dia 9 de Av, na História Judaica:
· foi decretado que a geração libertada do Egito não entraria na Terra Prometida;
· os dois Templos foram destruídos;
· no ano 133, a cidade de Betar foi destruída, com a morte de cerca de meio milhão de judeus;
· em 1290, o rei Eduardo decretou a expulsão dos judeus da Inglaterra;
· em 1492, os reis da Espanha decretaram a expulsão dos judeus de seus domínios;
· em 1648, os cossacos atacaram a comunidade judaica de Constantinopla, matando três mil pessoas;
· em 1941, foi promulgado e decreto que criava o Gueto de Varsóvia;
· em 1942, forma inauguradas as câmaras ed gás de Auschwitz (23 de julho);
· em 1955, a primeira vez que um avião da El Al é abatido, no espaço aéreo búlgaro.
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná
segunda-feira, 16 de julho de 2007
domingo, 15 de julho de 2007
Aprendendo a parar
As paradas foram extremante importantes para o povo. Foi nelas que tudo de mais extraordinário aconteceu, tanto para o bem como para o mal. Foi na parada que o povo recebeu a Lei do Monte Sinai; foi nela que, também, curvou-se ante o bezerro de ouro. Foi na parada que colhia diariamente a maná – o alimento milagroso – que o sustentava; foi nela também que se rebelou juntamente com Corach e seus seguidores. Assim também, a parada era o momento de receber a revelação de D-us: o Eterno não se dirigia ao povo nas viagens, mas nas paradas. E a cada uma, um novo fato dava energia e impulso para que eles pudessem seguir adiante até seu objetivo final.
Nosso dia-a-dia não é diferente. Estamos acostumados ao movimento. A modernidade da vida faz com que valorizemos o dinamismo. Para ser mais, maior e melhor precisamos literalmente correr de um lado ao outro. Muitas vezes, nem mesmo sabendo o que procuramos. A vida é dinâmica, mas é nas paradas que o mais extraordinário acontece: construtores sabem que por melhor que sejam o material e trabalhadores empregados numa obra, se a massa não for deixada para descansar, jamais assentará; um bom lojista sabe que por mais grandiosas que sejam suas vendas, a menos que pare e feche para balanço, jamais saberá o quanto realmente lucrou. O maior exemplo disso é a matzá de Pessach. O que é ela senão um pão que não descansou? Chamado de lechem oni – o pão da miséria – ensina-nos que o pão que não pára jamais cresce e está condenado à miséria e descaso. No plano de santidade, encontramos também a virtude da parada: nosso momento mais sagrado na liturgia não é outro senão a Amidá, literalmente parada, no qual permanecemos de pé, em silêncio, sem qualquer gesto ou movimento. E o dia mais sagrado de nossa semana, o Shabat? O dia da parada, do descanso, da estagnação. O judaísmo não consagrada a correria dos seis dias da Criação, mas a inércia do sétimo. Sagrado não é saber pelo que corremos, mas sentir e deixar-se envolver pelos ensinamentos da parada.
Amigos, a vida é dinâmica, mas é nas paradas que tudo acontece. Paradas que escolhemos ou muitas vezes a nós são impostas. E há duas formas de se ver uma parada: um destino ou simplesmente uma escala. Ensinam nossos mestres na Ética dos Pais que “este mundo se assemelha a um corredor”. E assim como num corredor em que estamos de passagem, a vida é feita de escalas até nosso destino final. E a cada uma delas algo importante nos acontece, fazendo com que cada uma seja uma viagem por si só.
Talvez sua vida esteja parada; talvez você se encontre parado. Talvez a vida lhe mostre uma parede intransponível ou um obstáculo marcado pela dor, sofrimento e total estagnação. Pode parecer-lhe que qualquer reação tornar-se-á totalmente inútil. Mas lembre-se: é nas paradas que D-us se revela. Assim como todo atleta sabe que é necessário parar, recuperar o fôlego e retomar o impulso para alcançar novas marcas, assim também perceba que talvez, nesta parada, por mais dura que seja, uma voz venha do alto Lhe dizendo: você parou porque precisava; agora é momento de seguir adiante e chegar onde sempre quis.
Desfrute sua parada e faça boa viagem!
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Guemilut Chassadim
“Sobre três pilares o mundo se sustenta: a Lei, o trabalho e atos de bondade”
(Ética dos Pais 1,2)
Chassadim é o plural de chessed. Guemilut é a prática, o ato. Em outras palavras, a prática de vários “chessed’s”. Mas o que vem a ser chessed?
Freqüentemente encontramos, nas traduções da Torá, as palavras piedade ou misericórdia. Porém, qualquer tradução interfere no conceito original, modificando-o. Chessed é chessed, não há o que discutir. Cabe citar Aron Barth:
Maimônides entendeu o termo muito bem e explicou que chessed leva mesmo ao “excesso”, especialmente de fazer o bem a alguém que não tem o direito de recebê-lo (Guia dos Perplexos 3, 53). Qual é a qualidade que leva a isso? É a misericórdia? Não; isso exprime muito menos do que o que se encontra nos numerosos versículos que citaremos. Piedade, assim como misericórdia, podem ser, em certos casos, o resultado de chessed, o resultado do sentimento expresso na palavra; mas chessed mesmo é mais do que isso. Chessed significa amor. Não é o amor entre noiva e noivo, pais e filhos; isto, em geral, é indicado pela palavra ahava. (...)
É importante entender que quando Maimônides diz “não tem direito” não significa “não merece”. O que o sábio quis dizer é “fazer bem a uma pessoa que não fez nada para merecê-lo”. Ou seja, nada de recompensas ou méritos. Apenas o bem por si só. Tal amor pode ser melhor entendido através da explicação do próprio Maimônides sobre o versículo “... e amarás a teu semelhante como a ti mesmo” (Levítico 19:18):
É o preceito com o qual fomos ordenados a amarmo-nos mutuamente tal qual nos amamos; que meu amor e compaixão por meu semelhante seja como meu amor e compaixão próprios; seja por seu dinheiro, seu corpo, tudo que possui ou deseja. Tudo o que quero para mim, hei de querer para ele identicamente e tudo o que não quiser nem para meus amigos, o mesmo desejarei para ele. (Sefer Hamitzvot 206)
Note que Maimônides não estipula quem é o semelhante ou qual seu grau de proximidade para conosco. Tal amor, portanto, é incondicional. Amor pelo simples motivo de amar.
Porém, surge outra questão: como expressar tal amor? Maimônides dá a resposta:
São preceitos positivos, ensinados por nossos sábios: visitar um enfermo, consolar os enlutados, ajudar uma jovem humilde a casar-se, acompanhar as visitas, ocupar-se com todas as necessidades de um funeral, bem como alegrar os noivos no dia de seu casamento. Estes são atos de Chessed que se deve executar em pessoa e que não tem limitações. (Mishnê Torá, Leis do Enlutado 14,1)
No caso de um funeral, tal amor é considerado chessed shel emet, o verdadeiro chessed, uma vez que, por mais que esperemos, será impossível uma retribuição.
Uma importante ressalva precisa ser feita, para não confundir termos. Vimos sobre a Tsedaká, que é a prática da justiça social. Podemos confundir-nos, acreditando que tanto ela como Guemilut Chassadim implicam numa mesma conduta:
Ensinam nossos mestres: Guemilut Chassadim é superior à Tsedaká de três modos:
1) Tsedaká envolve apenas dinheiro. Guemilut Chassadim pode envolver tanto dinheiro quanto a pessoa;
2) Tsedaká pode ser dada apenas ao pobres. Guemilut Chassadim pode ser feito a pobres e ricos;
3) Tsedaká pode ser dada apenas aos vivos. Guemilut Chassadim pode ser feito a vivos ou mortos. (Talmud Sucá 49b)
Vários exemplos de Guemilut Chassadim podem ser encontrados em nossa literatura. A Torá começa e termina com Guemilut Chassadim, por exemplo. Em Gênesis 3:21 lemos que Deus, antes de expulsar Adão e Eva do Jardim do Éden, “fez roupas de pele para eles e os cobriu”. Já no final, tratando da morte de Moisés, o Todo-Poderoso o enterrou no vale (Deuteronômio 34:7).
Atualmente, encontramos Guemilut Chassadim sob várias formas: ocupar-se com um funeral - costurando os tachrichin (mortalha) ou apenas acompanhando-o -, costurando roupas para pobres, visitar doentes, consolar enlutados, emprestar dinheiro, ajudar nos preparativos de um casamento, etc. Com relação a este último, nossas comunidades irmãs ortodoxas costumam ter um departamento especializado, chamado Hachnassat Calá – “ajudar uma noiva a ‘entrar’”. Elas também costumam ter um departamento exclusivo para a difusão e prática de Guemilut Chassadim, chamado
GUEMACH
que são as inicias de Guemilut Chassadim. Neste contexto, o voluntariado é imprescindível para o cumprimento desta importante Mitzvá. É na figura do voluntário – askan, em hebraico - que é sintetizada toda a essência deste preceito.
Para melhor entendermos a conexão e as diferenças entre Tsedaká e Guemilut Chassadim, basta refletirmos sobre a seguinte história:
Rabi Levi Itschak, rabino-chefe da cidade de Berditchev, havia feito um acordo com os líderes comunitários de que só interromperia seus sagrados estudos caso surgisse alguma novidade. Certa vez, ele foi chamado. Um acirrada discussão tomava conta da sala de reuniões. O motivo: alguém havia tido a “grande” idéia de colocar uma caixa de caridade na porta da sinagoga. Havia, inclusive, uma explicação: os pobres não precisariam mais pedir de porta em porta. As pessoas poderiam doar de acordo com suas possibilidades e os pobres retirariam conforme suas necessidades.
Rabi Levi Itschak irritou-se: “Mas foi para isso que vocês me chamaram? Acaso não havíamos combinado de que só seria chamado em caso de novidade?
Os líderes não entenderam: “Mas, rabino. É uma nova idéia!”
“Não há nada de novo nisso.” – disse o mestre – “Na realidade, é uma idéia muito antiga. Os moradores de Sodoma e Gomorra já o faziam. Eles tinham uma caixa, na qual os ricos deixavam seus donativos, assim não precisavam olhar nos olhos dos pobres.”
Questões para reflexão:
1) O que você aprendeu com esta história?
2) Como podemos aplicar Guemilut Chassadim aqui em nossa vida?
3) Como aprimorar a participação do voluntariado em nossas atividades?
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná
quarta-feira, 11 de julho de 2007
terça-feira, 10 de julho de 2007
VERGONHA - SINTUSP - Queremos a destruição de Israel
Você pode não ter paciência para ver todo nosso material no YouTube, mas deve assistir a este vídeo de 4m30s colocado no ar pelo SINTUSP (sindicato de trabalhadores da Universidade de São Paulo), funcionários públicos federais, pagos com o dinheiro dos impostos que arrecadamos defendendo a destruição de Israel, a destruição da burguesia, a destruição de todos os Estados e dizendo que os trabalhadores brasileiros precisam estar ombro a ombro, lado a lado com o Hezbollah, que é marxista... e que o conflito no Oriente Médio é entre burgueses e proletariado oprimido... Está muito claro que é isso que defendem em suas "escolas", reuniões, publicações de sindicatos etc. É vergonhoso! O vídeo foi produzido pelo SINTUSP e veiculado pelo SINTUSP. Eles têm orgulho do que fazem... Sugerimos que sejam lidos os comentários a este vídeo lá no YouTube.
http://br.youtube.com/watch?v=RnljOrCf1b0
Fonte: FIERJ
Parashá da Semana
Neste Shabat lemos duas Parashiot: Matot e Maasê. A Parashá de Matot, que significa chefes das tribos à quem fora ensinad leis referentes à promessa ou juramentos que a pessoa possa fazer. Estas promessas deverão ser fielmente cumpridas. Salvo em casos específicos como no caso de uma mulher que fez uma promessa a seu pai, antes dela casar, ou aseu marido, após o seu casamento, cancelarem esta promessa no dia em que eles tomaram conhecimento, esta se torna nula. A Parashá segue relatando a guerra contra Midyan, no qual mil homens de cada tribo foram destacados. Foram mortos os soldados, generais e reis de Midyan, assim como as mulheres que corromperam os israelitas. Nesta ocasião foram ensinados as leis referentes a Casherização (tornar um utensílio apto para a cozinha Casher), pois o estojo da guerra incluía muitos utensílios. Aqueles usados diretamente no fogo deveriam ser casherizados com fogo. Os outros utensílios eram imersos em água fervendo. Todos eles eram submetidos a Micvá (banho ritual) para assim serem purificados. A Parashá especifica o total dos animais capturados e como eles foram divididos entre os soldados e o resto do povo, ficando uma porcentagem ( de 1/500) para os Cohanim e ( de 1/50) para os Leviim. A Parashá segue relatando o pedido da Tribos de Reuven, Gad e metade da tribo de Menashe que queriam ficar morando nas terras já conquistadas do lado oeste da Terra de Israel, onde havia muito pasto para o seu gado. Moisés aceitou na condição de que os homens destas tribos em idade de guerra entrassem na Terra de Israel para ajudar na conquista da terra. A Parashá de Maasê (viagens, jornadas) que encerra o quarto livro da Torá, inicia especificando as quarenta e duas paradas e os acontecimentos durante os quarenta anos no deserto. Continua relatando as palavras de D-us referente à conquistas e destruição de toda a idolatria existente em Israell. Especifica em detalhes os limites da terra a ser conquistada e dividida. Nomeia o responsável de cada tribo nesta divisão. Ordena a entrega aos leviim de quarenta e duas cidades, incluindo os seus arredores em um raio de 1,2 km. Pois estes não receberiam Terra juntamente com o resto do povo. A Parashá ensina as leis referentes a uma pessoa que matou involuntariamente. Este tinha que se refugiar de parentes da vítima em uma das seis cidades previamente separadas para esta finalidade. Se após o julgamento ficasse comprovado que de fato matou sem querer, passava a viver em uma destas cidades até o falecimento do Cohen Gadol (Sumo-Sacerdote) vigente. A Parashá termina relatando que as cinco filhas de Tselofchad, casaran-se com homens da mesma tribo a que pertenciam, a tribo de Menashe, ficando assim as suas propriedades de herança dentro da mesma tribo.