Diz o ditado popular: o homem é um ser insaciável. De todas as eternas buscas do ser humano, a mais frustrante é, sem dúvida, a procura da felicidade. Nossa satisfação é circunstancial e temporária. E nosso erro está em esperar pela felicidade em vez de conquistá-la! Esperamos para sermos felizes quando nos formarmos ou quando voltarmos a estudar; quando começarmos a trabalhar ou quando trocarmos de emprego; quando perdermos 10 quilos ou ganharmos 10 quilos; quando tivermos filhos ou quando eles finalmente saírem de casa; quando comprarmos um carro novo, uma casa nova, uma roupa nova... Quando, quando, quando...
Somos infelizes, pois nossa felicidade é sempre condicionada a algo que não seja nós mesmos. Temos uma imagem ideal que não podemos sustentar, pois não é condizente com nossa realidade. Tornamo-nos insatisfeitos, pois há uma grande lacuna entre o que imaginamos como perfeito no momento e o que somos na verdade.
Isso me lembra a história de um pescador. Na aldeia em que morava, assim falavam dele: “É um tipo esquisito. Contenta-se com muito pouco. É inteligente e sabe fazer muita coisa, mas não tem aspirações ou então falta-lhe determinação e coragem. Desta maneira, nunca será alguém na vida.”
O simples homem cultivava uma pequena horta. E, de vez em quando, pegava sua vara e ia ao rio pescar. Muitas vezes, quando pescava alguns peixes, voltava para casa e aproveitava o tempo para fazer o que gostava.
Um dia, passou por ali o homem mais rico da aldeia. Cansado e absorto em seus negócios, resolveu parar para se refrescar um pouco. Ao ver o pescador entretido com sua pescaria, disse em tom de desprezo: “Quantos dons perde o povo! Você pescou cinco peixes e vai embora? Por que não pesca mais? E, se não precisar deles, venda-os e faça dinheiro!
O pescador não entendeu a pergunta: “E para que eu quero o dinheiro?”
“Veja bem” - disse o rico – “faça como todos: pesque, venda, ganhe dinheiro, monte uma barraca e compre um barco. Em seguida, se você prosperar, monte uma frota e venda por atacado!
“Não entendo” – humildemente disse o pescador – “Mas tudo isso para quê?”
“Como assim?” – indignou-se seu companheiro – “Oras, para ter mais, viver com mais segurança, mais à vontade, gozar a vida, ter um trabalho, comprar uma casa no campo para desfrutar da natureza, fazer o que quiser e não depender dos outros”
E o pescador, ainda confuso, rebateu: “Acaso já não tenho tudo isso agora?
Nossa constante procura pela felicidade resume-se à simples soma da imagem do que para nós é o ideal com nossa realidade. E, neste cálculo, só podemos fazer duas coisas: modificar nossa imagem ou nossa realidade. Aceitem minha sugestão: o melhor a fazer é modificar a imagem. Isto quer dizer que, em vez de focar no que não temos ou ainda não temos, reconheçamos o quanto já conseguimos. A principal chave para a felicidade é, antes de mais nada, saber que não é o dinheiro ou poder que asseguram a felicidade, mas, sim, a gratidão. A inveja apenas a destrói. Diz a Mishná em Pirkei Avot: eizehu ashir? Hasameach bechelko – quem é rico? Aquele está feliz com o que tem e, principalmente, com o que é. Segundo e não menos importante: nosso grau de decisão de sermos felizes, pois disso dependerá nossa maior ou menor satisfação com os resultados. Não tenhamos medo de sermos felizes, nem que isso force-nos a mudanças. Mudar, às vezes, é bom. E nada, absolutamente nada, vale o preço de nosso sonho. O desafio da vida está em superar os obstáculos na nossa frente com determinação e coragem, gratos pelo que já recebemos e confiantes na nossa vitória pessoal. Não temos o direito de sermos infelizes. Procure sua felicidade, onde quer que seja, conquiste-a e seja feliz.
Somos infelizes, pois nossa felicidade é sempre condicionada a algo que não seja nós mesmos. Temos uma imagem ideal que não podemos sustentar, pois não é condizente com nossa realidade. Tornamo-nos insatisfeitos, pois há uma grande lacuna entre o que imaginamos como perfeito no momento e o que somos na verdade.
Isso me lembra a história de um pescador. Na aldeia em que morava, assim falavam dele: “É um tipo esquisito. Contenta-se com muito pouco. É inteligente e sabe fazer muita coisa, mas não tem aspirações ou então falta-lhe determinação e coragem. Desta maneira, nunca será alguém na vida.”
O simples homem cultivava uma pequena horta. E, de vez em quando, pegava sua vara e ia ao rio pescar. Muitas vezes, quando pescava alguns peixes, voltava para casa e aproveitava o tempo para fazer o que gostava.
Um dia, passou por ali o homem mais rico da aldeia. Cansado e absorto em seus negócios, resolveu parar para se refrescar um pouco. Ao ver o pescador entretido com sua pescaria, disse em tom de desprezo: “Quantos dons perde o povo! Você pescou cinco peixes e vai embora? Por que não pesca mais? E, se não precisar deles, venda-os e faça dinheiro!
O pescador não entendeu a pergunta: “E para que eu quero o dinheiro?”
“Veja bem” - disse o rico – “faça como todos: pesque, venda, ganhe dinheiro, monte uma barraca e compre um barco. Em seguida, se você prosperar, monte uma frota e venda por atacado!
“Não entendo” – humildemente disse o pescador – “Mas tudo isso para quê?”
“Como assim?” – indignou-se seu companheiro – “Oras, para ter mais, viver com mais segurança, mais à vontade, gozar a vida, ter um trabalho, comprar uma casa no campo para desfrutar da natureza, fazer o que quiser e não depender dos outros”
E o pescador, ainda confuso, rebateu: “Acaso já não tenho tudo isso agora?
Nossa constante procura pela felicidade resume-se à simples soma da imagem do que para nós é o ideal com nossa realidade. E, neste cálculo, só podemos fazer duas coisas: modificar nossa imagem ou nossa realidade. Aceitem minha sugestão: o melhor a fazer é modificar a imagem. Isto quer dizer que, em vez de focar no que não temos ou ainda não temos, reconheçamos o quanto já conseguimos. A principal chave para a felicidade é, antes de mais nada, saber que não é o dinheiro ou poder que asseguram a felicidade, mas, sim, a gratidão. A inveja apenas a destrói. Diz a Mishná em Pirkei Avot: eizehu ashir? Hasameach bechelko – quem é rico? Aquele está feliz com o que tem e, principalmente, com o que é. Segundo e não menos importante: nosso grau de decisão de sermos felizes, pois disso dependerá nossa maior ou menor satisfação com os resultados. Não tenhamos medo de sermos felizes, nem que isso force-nos a mudanças. Mudar, às vezes, é bom. E nada, absolutamente nada, vale o preço de nosso sonho. O desafio da vida está em superar os obstáculos na nossa frente com determinação e coragem, gratos pelo que já recebemos e confiantes na nossa vitória pessoal. Não temos o direito de sermos infelizes. Procure sua felicidade, onde quer que seja, conquiste-a e seja feliz.
Prof. Sami Goldstein
Rabino da Comunidade Israelita do Paraná